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MUSEU DE ARTE SACRA DE GRÂNDOLA

O Museu de Arte Sacra de Grândola abriu as portas ao público, a 23 de Agosto de 2011, na igreja de São Sebastião, para apresentar a sua colecção permanente, formada por fundos de pintura, escultura e artes decorativas.

Esta iniciativa, da responsabilidade da Paróquia de Grândola, do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, e da Câmara Municipal de Grândola, integra obras pertencentes às igrejas da sede do concelho, das paróquias de Azinheira dos Barros e de Santa Margarida da Serra e da Santa Casa da Misericórdia de Grândola.

A comunidade grandolense possui um extenso e variado património religioso, ainda pouco divulgado, mas que é merecedor de uma visita atenta. A povoação começou por denominar-se Bendada e, após a “Reconquista” cristã (inícios do século XIII), fez parte do concelho de Alcácer do Sal, sendo entregue pelos primeiros reis de Portugal, como sucedeu com boa parte do Baixo Alentejo, à Ordem militar de Santiago de Espada. O facto de se situar numa encruzilhada de caminhos e estar rodeada de terras férteis deu-lhe grande importância nos finais da Idade Média.

D. Jorge, mestre das ordens de Santiago e Avis e duque de Coimbra, frequentou assiduamente Grândola. A tradição registou a predilecção que lhe mereceu a actividade venatória nos matos e serranias da zona, em que abundava a caça grossa, mas não oculta um interesse mais profundo em apoiar o desenvolvimento de uma povoação dotada de valor estratégico, em termos económicos e sociais, para a milícia espatária. A permanência do mestre e da sua corte ajudaram a chamar moradores à terra, imprimindo-lhe a feição senhorial que perduraria até tarde.

O rei D. João III, a pedido de D. Jorge, concedeu, em 22 de Outubro de 1544, carta de foral a Grândola, elevando-a a vila e sede de concelho, sinal inequívoco de reconhecimento do progresso atingido pela povoação. Foi o corolário de um período áureo. A vocação agrícola e comercial da terra conheceria novos rumos ao longo dos séculos XVII e XVIII. No centro histórico subsistem notáveis solares brasonados desta época, mas as igrejas, ermidas e capelas continuam a ser o principal testemunho de uma memória colectiva deveras rica.

Vanguarda do ideário republicano no Sul, Grândola viria a perder, em anos mais agitados da I República, parte da sua herança religiosa. O espólio que sobreviveu à voragem revolucionária, porém, é muito significativo, como o demonstra a selecção patente no Museu. Através dele podem reconstituir-se alguns dos mais notáveis aspectos do quotidiano da comunidade cristã, desde a organização pastoral das paróquias até ao esplendor do culto litúrgico e ao florescimento das devoções. A época contemporânea também não foi descurada: uma peça fundamental é o retábulo de “São Jorge e o Dragão”, pintado em 1961 por José Escada para a igreja de Lousal.

Um museu versátil que devolve um monumento à fruição pública

A ermida de São Sebastião foi construída, nos primórdios do século XVI, por iniciativa do povo de Grândola, num arrabalde da vila, junto à estrada real, para proteger a comunidade da peste. Em tempos de epidemia, serviu como posto de controlo dos viandantes. Monumento de carácter vernáculo, tornou-se uma importante referência do imaginário e da toponímia locais.

Com o crescimento da terra, após a passagem do caminho-de-ferro (1916), passou a fazer parte do circuito urbano.

A adaptação à função museológica foi feita em dois momentos: nos inícios de 2011, para a apresentação da exposição temporária “Loci Iacobi – Lugares de Santiago, Lieux de Saint-Jacques”, inaugurada a 5 de Fevereiro e que registou grande sucesso; e, mais recentemente, para a apresentação da colecção permanente do Museu, que fica a constituir a oitava unidade da Rede Museológica da Diocese.

O guião museográfico é da responsabilidade do Prof. Doutor José António Falcão, director do Departamento do Património da Diocese de Beja, que coordenou também a revisão do inventário dos bens patrimoniais da paróquia de Grândola.

O projecto da montagem foi realizado pela Dr.ª Sara Fonseca e contou com a colaboração da Eng.ª Paula Brito, da Câmara Municipal de Grândola, e dos operários e técnicos dos serviços desta autarquia.

As vitrinas foram desenhadas pelo Arqt.º João Camacho e pelo Pintor António Viana e construídas sob a supervisão do Sr. Francisco Antunes.

O design gráfico correu a cargo da Designer Margarida Campaniço, da Câmara de Grândola. Na montagem deram uma ajuda muito importante, nas especialidades de serralharia e carpintaria, os Srs. Luís Cavalinhos e José Guerreiro.

Todos os trabalhos foram acompanhados de perto, com entusiasmo e empenho, pelo pároco de Grândola, Pe. Doutor Manuel António Guerreiro do Rosário, e pelos responsáveis pela Paróquia. De entre os muitos amigos e paroquianos que trabalharam para a concretização do Museu são de realçar o Sr. Jorge Duarte e a Sr.ª D. Maria José Vasques, cuja dedicação foi inexcedível.

O executivo da Câmara Municipal de Grândola tem feito tudo o que está ao seu alcance para garantir a abertura e a promoção do Museu de Arte Sacra. Tanto o Sr. Presidente, Dr. Carlos Beato, como a Sr.ª Vereadora da Cultura, Dr.ª Graça Nunes, foram visitas assíduas na igreja de São Sebastião, velando para que tudo se concretizasse atempadamente e nas melhores condições.

Aqui ficam as mensagens do Livro de Honra até 2017JUL19:

Inaugurado em Agosto de 2011 o Museu de Arte Sacra de Grândola tem registado ao longo dos anos um número contínuo de visitas:


Agosto de 2011 (inauguração) a Agosto de 2012 – 5.591 visitantes

Agosto de 2012 a Agosto de 2013 – 4.721 visitantes

Agosto de 2013 a Agosto de 2014 – 3.758 visitantes

Agosto de 2014 a Agosto de 2015 – 4.018 visitantes

Agosto de 2015 a Agosto de 2016 – 3.391 visitantes

Agosto de 2016 a Agosto de 2017 - 4.232 visitantes

TOTAL – 25.711 visitantes

 

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